Gandini cobra placas para identificar o Cerco Inteligente nas rodovias
Cerco Inteligente e radar: há semelhanças entre os dois equipamentos usados pelas forças de segurança no Espírito Santo, o que causa dúvidas nos motoristas. *Crédito.* Divulgação.
O deputado quer reduzir os acidentes, que têm ocorrido em função dos motoristas capixabas frearem bruscamente o veículo, ao confundirem o Cerco com os radares que detectam o avanço de sinal vermelho e os que medem a velocidade máxima permitida_
Os motoristas capixabas estão confundindo o Programa Cerco Inteligente de Segurança – usado desde 2022 nas rodovias para o monitoramento e combate aos crimes de trânsito, ambientais, fiscais e de segurança pública, por meio de equipamentos de videomonitoramento que geram informações em tempo real – com radares semafóricos (equipamento fixo para detectar o avanço de sinal vermelho) e de velocidade (usado para aferir velocidade máxima permitida), o que tem causado diversos acidentes.
Para corrigir o problema, o deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania) acabou de protocolar na Assembleia Legislativa um projeto de lei que obriga o governo do Estado a promover a identificação de todos os equipamentos públicos contendo câmeras do Cerco Inteligente de Segurança nas rodovias.
De acordo com o deputado, ao reduzir bruscamente a velocidade do veículo, ao confundir o sistema de segurança com radares, o motorista tem colocado a sua vida e a de outras pessoas em risco, o que reforça a necessidade de placas de sinalização nesses locais.
“O meu projeto, além de garantir maior segurança aos motoristas, também ampliará o caráter inibitório de práticas delitivas envolvendo veículos automotores”, justificou o parlamentar.
O Cerco Inteligente de Segurança capta, por meio dos equipamentos instalados nas rodovias, a placa, por meio de uma câmera de leitura, e outras características do veículo, tais como: cor, marca, modelo, velocidade, adesivos, dentre outros, por meio de uma câmera.
O objetivo dos equipamentos é identificar, junto com a Segurança Pública, veículos com restrição de furto ou roubo, ou utilizados em algum crime. Embora semelhantes, as funções do radar e dos equipamentos do Cerco Inteligente são diferentes.
*SEMELHANÇA*
Inclusive, a semelhança entre dois equipamentos usados pelas forças de segurança no Espírito Santo causa dúvidas entre motoristas que, para não ser multados, preferem frear o veículo.
Os radares, presentes em diversos pontos das rodovias que cortam o Estado, têm a função de fazer com que o motorista reduza a velocidade. Por isso, ele recebe toda sinalização, a indicação de que ali tem um radar. Caso o limite estabelecido nos trechos não seja respeitado, o condutor imprudente pode ser punido com multa.
Já os equipamentos do Cerco Inteligente não emitem infrações. Atualmente, há 843 câmeras ativas em 290 pontos de monitoramento no Espírito Santo.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp), ao todo, em mais de um ano de funcionamento, o sistema ajudou a recuperar mais de 476 veículos.
O projeto passará pelas comissões da Assembleia, antes de ser colocado em votação em plenário. Após ser aprovado, para valer, ele precisa da sanção do governador Renato Casagrande (PSB). Em caso de veto, o Legislativo precisará derrubá-lo para a lei ser promulgada.
Gandini: “Meu projeto vai garantir mais segurança aos motoristas”. *Crédito.* Assessoria parlamentar