Cariacica recebe exposição dos 150 anos da imigração italiana na próxima quarta-feira (13)

Na próxima quarta-feira (13), Cariacica recebe a exposição “Do Passado ao Horizonte, 150 Anos de Travessias”, em homenagem aos 150 anos da imigração italiana no Espírito Santo e no Brasil. A solenidade de abertura será realizada no Centro Administrativo da Prefeitura de Cariacica, na Av. Alice Coutinho, 109, no bairro Vera Cruz, às 9 horas.


Organizada pela Comunità Italiana, em parceria com o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, Governo do Estado, Secult, Prefeitura de Alfredo Chaves e com apoio do Grupo Águia Branca via Lei de Incentivo à Cultura (LICC), a mostra será exibida simultaneamente em 21 cidades capixabas.


A exposição é dividida em quatro tempos distribuídos em 20 lâminas de tecido, no tamanho de 1,80mx90cm, que retratam as motivações da emigração dentro do processo de Unificação Italiana, a viagem dos migrantes, o contato com o Novo Mundo e as perspectivas de futuro.



Os tempos foram identificados como a “Origem”, a “Travessia”, o “Brasil” e o “Futuro”. Para aumentar seu alcance, foram impressas 22 cópias e entregues às associações italianas em atividade, de diferentes municípios, que terão a responsabilidade de expô-las. 


“A exposição que preparamos conseguiu trazer para as telas uma demonstração muito bonita e forte de diferentes períodos históricos. Será emocionante, especialmente para os descendentes dessa história relembrarem o que eles viveram ou ouviram de seus familiares”, reforça Cilmar Franceschetto, diretor-geral do Arquivo Público do Espírito Santo, que também é autor de dois livros sobre a presença italiana no Estado e no Brasil.

Para a presidente da Associação Comunità Italiana, Rosa Maioli, a realização da exposição tem grande importância para a preservação da memória e identidade dos descendentes de italianos.


Momentos históricos
O processo imigratório italiano em massa para o Brasil iniciou em fevereiro de 1874, há 150 anos, com a chegada da Expedição Tabacchi à baía de Vitória, no dia 17 de fevereiro. O Brasil é atualmente o segundo país com o maior número de descendentes de italianos do mundo (cerca de 30 milhões) e a maioria deles está nas regiões Sul e Sudeste. O Espírito Santo foi a principal porta de entrada deles.

A migração foi um resultado de um processo mais longo de Unificação Italiana, concluído em 1871. Antes disso, a Península Itálica era formada por reinos, ducados, repúblicas, principados e cidades muito diferentes, cada um com suas leis, moeda, tradições, dialetos e costumes.

Durante e após os conflitos, a fome e a pobreza, juntamente com a falta de trabalho, desencadearam um intenso processo de migração dentro do território e fluxos de emigração para outros países, principalmente Estados Unidos, Brasil e Argentina. O contexto histórico pós-Unificação era de crise e desagregação, tanto nos campos quanto nas cidades. Como em toda zona de tensão militar, os movimentos populacionais, com fugitivos, refugiados e combatentes, eram constantes em toda a Itália.

A equipe técnica responsável por toda a exposição é composta por:


Curadoria: Cilmar Franceschetto e Luza Carvalho
Consultoria em História: Julio Bentivoglio, Patrícia Merlo, Rogério Piva
Pesquisa de imagens: David Protti
Ilustração: Zota Coelho
Design gráfico: Allan Ost
Coordenação Geral: Joelma Consuelo F. e Silva
Produção e Logística: Martina Carvalho Martins
Presidente da Comunità Italiana: Rosa Maria Maioli

Fonte: Site da PMC 

Compartilhe em suas redes sociais:

Categorias ,

jornalresgate