Custos para virar SAF: Especialista detalha valor cobrado pelas federações
A Sociedade Anônima no Futebol (SAF) surgiu com o intuito de profissionalizar os clubes de futebol do mercado nacional. Tal alternativa proporcionou benefícios e maior rentabilidade.
O advogado Cláudio Klement Rodrigues, especialista em direito desportivo, comenta que o futebol brasileiro passava por uma crise financeira, com clubes acumulando dívidas e enfrentando dificuldades para se manterem competitivos. “Essa mudança trouxe novas perspectivas de profissionalização da gestão e geração de receitas. Através da venda de direitos de transmissão, patrocínio e outras fontes de renda”.
Criada em agosto de 2021 pelo Congresso Nacional, a Sociedade Anônima no Futebol foi adotada por inúmeros clubes como o Red Bull Bragantino, Cruzeiro, Vasco da Gama, América Mineiro, Bahia, Coritiba e Botafogo. “No Rio de Janeiro, onde a taxa é a mais elevada, conforme os valores revelados pela entidade, um clube inserido na série A1 do estado terá de desembolsar R$500 mil reais para realizar a transição para SAF. Já os clubes que competem nas séries A2 e A3 do Campeonato Estadual, as taxas são respectivas ao valor de R$300 mil reais”.
Atualmente o estado de São Paulo lidera as federações de futebol do cenário nacional que resolveram aderir ao novo modelo de gestão. “O estado de Pernambuco também impõem uma taxa considerável de R$400 mil reais. Já a federação cearense fez o caminho inverso ao reduzir o valor da taxa, passando dos 400 mil cobrados até o ano passado para R$120 mil a partir de 2024. As Federações de Goiânia e Bahia também cobram o valor de 120 mil pela conversão em SAF. Em Minas Gerais, onde os três grandes já aderiram ao modelo SAF, sendo o Cruzeiro o primeiro clube do Brasil, ainda em 2021, a Federação Mineira cobra atualmente 250 mil pela mudança”, esclarece.
Por Luana Santos