O PRIVILÉGIO DE CONGREGARMOS

Pr. Cleber Montes Moreira

“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” (Salmos 122:1)

Durante o culto da noite em nossa igreja, veio ao meu coração a lembrança de irmãos que desejariam muito estar entre nós, mas que, por causa da enfermidade, estão impedidos de participar. Alguns já estão privados da comunhão presencial há meses, até anos. Fiquei pensando: quanto dariam eles para poder, mais uma vez, se assentar nos bancos do templo, cantar, orar e ouvir a Palavra em meio à congregação? O que fariam para desfrutar desse momento tão precioso? Certamente fariam muito, se pudessem — mas não podem.

Em contraste, vemos um comportamento cada vez mais comum nas igrejas: irmãos com saúde e condições de estarem presentes, mas que negligenciam o culto coletivo. Faltam por motivos fúteis, apresentam desculpas infundadas, ou simplesmente deixam de congregar. Essa atitude não é apenas descaso com a igreja, mas revela, muitas vezes, uma frieza espiritual preocupante. O inimigo, sem dúvida, trabalha para impedir os salvos de se reunirem (1 Tessalonicenses 2:18), mas em muitos casos nem precisa se esforçar: o próprio crente, vencido pela preguiça, pelo cansaço, pelo desânimo ou pelo desinteresse, se afasta voluntariamente.

O Salmo 122 faz parte dos “Cânticos de Romagem” (Salmos 120–134), entoados pelos israelitas a caminho de Jerusalém durante as festas anuais. Subir à cidade santa não era apenas tradição, mas ato de obediência e culto ao Deus verdadeiro. Jerusalém era o lugar do templo — o centro da adoração. Por isso, o salmista expressa alegria incontida por participar do culto coletivo, junto ao povo de Deus, diante do Senhor.

Se os israelitas ansiavam tanto por chegar à cidade santa, quanto mais nós, que temos livre acesso ao Pai em Cristo (Hebreus 10:19-22), devemos valorizar o ajuntamento da igreja! O culto não é um fardo, mas um privilégio. Congregarmos é fonte de alegria, fortalecimento e encorajamento (Hebreus 10:25). Quando um salvo perde esse prazer, é sinal de enfermidade espiritual: ele se isola, enfraquece, torna-se alvo fácil das tentações e pode cair em pecado.

Pense: o que representa para você a oportunidade de estar na casa do Senhor? Já se colocou no lugar de um irmão enfermo, que chora por não poder estar presente? Será que você não tem desprezado aquilo que é, na verdade, um privilégio precioso — do qual aqueles que estão privados dariam muito para desfrutar?

*Aplicação:*
Examine o seu coração diante de Deus. Se o ajuntamento dos salvos não é para você motivo de alegria, há algo errado em sua vida. Peça ao Senhor que renove em você o desejo de congregar, a sede de adorá-Lo em meio ao Seu povo, e o entendimento de que cada culto é uma oportunidade única e preciosa que não deve ser negligenciada.

Oração:


Pai amado, obrigado pelo privilégio de congregar com os meus irmãos. Perdoa-me se, por vezes, tenho desprezado esse momento tão precioso. Ajuda-me a valorizar a comunhão e a adoração coletiva, lembrando-me dos que gostariam de estar presentes, mas não podem. Renova em mim a alegria de dizer como o salmista: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” Oro assim, em nome de Jesus. Amém.

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