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SINTAM O MESMO NO SENHOR

Pr. Cleber Montes Moreira 

“Rogo a Evódia, e rogo a Síntique, que sintam o mesmo no Senhor.” (Filipenses 4:2)

A Carta de Paulo aos Filipenses é uma mensagem de encorajamento, alegria e gratidão, escrita enquanto o apóstolo estava preso, provavelmente em Roma. Apesar das circunstâncias adversas, Paulo demonstra um coração cheio de gozo no Senhor e uma preocupação profunda com a unidade da igreja. Um dos temas centrais da carta é justamente a unidade e a humildade, tendo Cristo como o maior exemplo de ambos (Filipenses 2:5-8).

No capítulo 4, Paulo trata de um problema concreto: o desentendimento entre duas mulheres influentes na igreja, Evódia e Síntique. Não sabemos o motivo exato da discórdia, mas ela era suficientemente séria para ameaçar a harmonia da congregação. No versículo seguinte (v. 3), o apóstolo reconhece que essas irmãs haviam “trabalhado comigo no evangelho”, o que mostra que eram servas dedicadas, cooperadoras ativas na obra do Senhor. Por isso, o conflito entre elas preocupava Paulo — pois a desunião entre crentes de influência pode comprometer o testemunho e o progresso do evangelho.

Com ternura e autoridade, Paulo as exorta: “Rogo a Evódia, e rogo a Síntique, que sintam o mesmo no Senhor.” Essa expressão não significa pensar de modo idêntico em tudo, mas ter a mesma disposição interior — a mente de Cristo. É um chamado à harmonia fundamentada na comunhão com o Senhor, e não em preferências pessoais.

*Dessa breve, porém profunda, exortação, podemos extrair importantes lições:*

*1. A importância da unidade na igreja*
A harmonia no corpo de Cristo é vital e não deve ser sacrificada por diferenças pessoais. A desunião enfraquece o testemunho e entristece o Espírito Santo. Quem provoca divisões ou alimenta contendas será responsável diante de Deus pelo mal causado à igreja do Senhor.

*2. O “mesmo sentimento” deve ser centrado em Cristo*
A verdadeira unidade não nasce da concordância em tudo, mas de um coração transformado por Jesus. Quando cada crente assume a mente de Cristo — marcada por humildade, serviço e amor — as diferenças se tornam secundárias. Assim, a missão de glorificar a Deus e edificar uns aos outros prevalece sobre os interesses individuais.

*3. Os conflitos existem, mas podem ser resolvidos*
Mesmo entre servos fiéis, podem surgir desentendimentos. O importante é buscar a reconciliação, cultivando perdão e disposição para mudar atitudes. O cristão maduro não alimenta ressentimentos, mas procura restaurar o relacionamento, lembrando que “bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9).

*4. Às vezes é preciso ajuda para restaurar a paz*
Paulo roga também a um “fiel companheiro” (v. 3) que auxilie Evódia e Síntique, mostrando que a reconciliação pode exigir a intervenção de irmãos maduros e piedosos. A ajuda amorosa de quem busca a paz é um instrumento de Deus para restaurar relacionamentos quebrados.

Assim, aprendemos que a verdadeira unidade da igreja não é uniformidade, mas comunhão em Cristo. Quando cada membro se submete ao Senhor, o corpo cresce saudável, o testemunho é fortalecido e o nome de Cristo é exaltado. Onde há orgulho, desavença ou ressentimento, é preciso arrependimento e reconciliação, para que todos tenham o mesmo sentimento no Senhor.

*Aplicação:*
Antes de agir, falar ou reagir, cada crente deve se perguntar: minha atitude promove a paz e a edificação, ou alimenta a divisão? A unidade da igreja é uma responsabilidade coletiva e uma expressão prática do amor cristão.

Oração:

Pai amado, ajuda-nos a viver em harmonia, tendo o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. Que sejamos instrumentos de paz e edificação na Tua igreja, resolvendo nossas diferenças com humildade e amor. Em nome de Jesus, amém.

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