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DIA NACIONAL DO IMIGRANTE POMERANO NO BRASIL DEVERÁ SER RECONHECIDO EM LEI

Projeto apresentado pelo deputado Evair de Melo já tramita na Câmara Federal.

Devido ao seu respeito e admiração pela história, cultura, tradições e influências dos costumes dos imigrantes pomeranos na formação da identidade cultural do povo brasileiro – e também em homenagem ao dia da emancipação política do município capixaba de Santa Maria de Jetibá, Capital Pomerana do Brasil –, o deputado Evair de Melo protocolou nesta sexta-feira (06 de maio), na Câmara Federal, o Projeto de Lei nº 1150/2022, de sua autoria, instituindo o “Dia Nacional do Imigrante Pomerano no Brasil”, a ser celebrado anualmente em 28 de junho.

A proposta, em tramitação regimental na Câmara dos Deputados, estabelece esta data porque foi no dia 28 de junho de 1859 que os primeiros imigrantes pomeranos chegaram ao Espírito Santo.  Na época, um grupo luterano da Pomerânia formado por 27 famílias de agricultores – totalizando 117 pessoas oriundas das cidades de Horst, Bonin, Glietzig e Lankow, localizadas entre a Europa e o Mar Báltico – desembarcou em Vitória após partir de Hamburgo (Alemanha), no navio Eleonor, para tentar uma nova vida em um novo mundo.

O navio levou dois meses para atravessar o Atlântico até ancorar no Porto do Rio de Janeiro, capital do Império e sede da “Central de Colonização”, de onde os imigrantes pomeranos seguiram viagem pelo mar, no barco São Matheus, para pisar pela primeira vez em solo capixaba. Em 28 de junho também se comemora o “Dia do Imigrante Pomerano no Espírito Santo”, homenagem instituída pela Lei Estadual nº 9.258/2009”.

RECONHECIMENTO

Segundo Evair, a importância das contribuições dos imigrantes pomeranos para a formação da identidade cultural do povo brasileiro deve ser reconhecida oficialmente pelo país, cujo processo de miscigenação étnica também inclui características, costumes, tradições e valores simbólicos trazidos pelos pomeranos. Além disso, atualmente, estima-se que 360 mil descendentes de imigrantes da Pomerânia vivem no Brasil. 

“Quando chegaram ao país, esses imigrantes escolheram, para viver, trabalhar e criar seus filhos, a região centro-serrana do Espírito Santo, área montanhosa que chamaram de ‘terra fria’ e que acabou se tornando o berço da colonização pomerana no Estado e no Brasil. Para alcançar os primeiros lotes coloniais em terras capixabas, eles subiram o Rio Santa Maria até o então ‘Porto do Cachoeiro’, em Santa Leopoldina. Foi lá que chegaram os Bielke, Graunke, Krause, Küster, Raasch, Reinnholz, Schulz, Schmidt, Schumacher, Schroeder, Schwantz e Zumach, entre tantos outros”, lembrou Evair. 

Historicamente, o maior fluxo desta imigração ocorreu entre os anos de 1868 e 1874, quando 2.223 colonos de origem pomerana já haviam fincado suas raízes no Espírito Santo. Hoje, eles vivem em comunidades espalhadas principalmente pelos municípios de Santa Maria de Jetibá, Laranja da Terra, Afonso Claudio, Vila Pavão, Santa Leopoldina, Domingos Martins, São Gabriel da Palha, Itarana, Pancas, Baixo Guandu e por algumas regiões dos distritos de Alto Santa Maria e Vinte e Cinco de Julho, em Santa Teresa.

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