Com parecer favorável do Iphan, MPF vai acompanhar processo de tombamento da Pedra Azul, no Espírito Santo
“A Pedra Azul é um monumento que tem uma importância grande para os capixabas e para todo o país, o que justifica seu tombamento estadual e federal. O MPF vai atuar para que esse monumento natural seja protegido da forma mais abrangente possível”, aponta o procurador da República Carlos Vinícius Cabeleira.
Na nota técnica, o Iphan comparou o valor paisagístico e cultural do ponto turístico capixaba ao Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. “O prosseguimento deste processo deve partir do entendimento do monumento natural como imagem estética, símbolo e elemento de identidade cultural – de modo semelhante de como é entendido o Complexo do Pão de Açúcar, Rio de Janeiro/RJ, por ser elemento indispensável da composição da paisagem cultural do Rio de Janeiro – não só como espaço físico”, diz a nota.
Especulação imobiliária – Na esfera estadual, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) também deu início a um procedimento para acompanhar o processo de tombamento da Pedra Azul, com a intenção de proteger a região da especulação imobiliária. Como apontou a promotora de Justiça Jane Maria Vello Corrêa de Castro em reunião no MPF, há uma expansão desordenada da região, principalmente com a instalação de condomínios, o que provoca impactos ambientais e paisagísticos.
A Pedra Azul fica a 1.822 metros de altitude e, junto com a Pedra do Lagarto, forma um conjunto rochoso granítico considerado patrimônio geológico brasileiro. Ela faz parte do Parque Estadual da Pedra Azul onde estão conservadas espécies da flora e fauna da Mata Atlântica.
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Natalia Bourguignon e Rhuana Ribeiro
Ministério Público Federal no Espírito Santo
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