Gandini assume Comissão de Meio Ambiente e diz  que prioridade é criar  lei para garantir a qualidade do ar

O deputado, que vai fazer a primeira reunião do colegiado, na segunda-feira (27), às 9h, na Assembleia Legislativa, defende o diálogo entre as partes envolvidas, mas quer garantir que os índices defendidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sejam respeitados no Estado


O presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente e aos Animais, deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), assume o comando do colegiado na próxima segunda-feira, às 9h, quando será realizada a primeira reunião no plenário Rui Barbosa, na Assembleia Legislativa. Segundo ele, a prioridade número um é criar uma lei que garanta a qualidade do ar no Estado.  

“O assunto está em aberto desde 2015, com um relatório claro da CPI do Pó Preto, que investigou o tema, apontando que o principal problema do Espírito Santo na área é a ausência de uma legislação sobre o assunto. Já se passaram oito anos e ainda não temos uma lei. É um desafio. Precisamos transformar a discussão em lei”, declarou Gandini.

Segundo o parlamentar, “o primeiro semestre é um bom prazo para dialogar com todas as partes envolvidas e construir um projeto de qualidade do ar feito a várias mãos – com a participação da sociedade civil organizada, do governo do Estado, das indústrias e da Assembleia Legislativa –, entendendo a importância das empresas, da arrecadação que elas geram, dos empregos, mas também dando condições das pessoas morarem com tranquilidade, sem o risco de ficarem doentes”.

Gandini explica que o objetivo é chegar à assinatura de um termo de intenções, para garantir que os índices defendidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sejam respeitados. O deputado já é autor do Projeto de Lei 494/2022, que estabelece política, normas e diretrizes de proteção da qualidade do ar atmosférico no Estado, proposta que foi desarquivada no último dia 7 e obteve parecer pela constitucionalidade da Procuradoria Geral da Assembleia.  

“Observei alguns Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) sendo tocados, mas buscamos uma lei de qualidade do ar feita a várias mãos: sociedade, empresas, governo e Assembleia. Enfim, vamos ouvir os moradores que são impactados. Precisamos avançar. É o nosso compromisso tratar do assunto, já que é de nossa competência criar essa legislação”, afirmou.

DIÁLOGO

O presidente da Comissão de Meio Ambiente garantiu que o diálogo será a ferramenta mais usada nas reuniões do colegiado, mas não descartou medidas mais enérgicas, se não houver comprometimento das partes responsáveis em resolver o problema.

“A comissão vai agir com o diálogo. Mas sabemos que o diálogo se esgota quando uma das partes não quer dialogar. O que não podemos é dialogar para sempre. Temos o poder de convocar as pessoas. Se as partes não quiserem dialogar, vamos trazê-las à Comissão de Meio Ambiente. Precisa ficar expresso para a população que há interesse em dialogar. Mas acredito que os convites serão atendidos. Até agora foi assim, e as coisas deverão continuar dessa forma”, opinou.

Mas os trabalhos da Comissão de Meio Ambiente não vão se resumir à poluição do ar. Gandini destaca que a poluição da água também ganhará destaque, assim como: o desmatamento, os impactos causados pelas empresas poluidoras, a reciclagem do lixo, a energia renovável, dentre outros temas.

“Há temas divergentes entre o governo e os institutos independentes: enquanto um coloca alguns dados, outros vão por outro caminho. Precisamos apurar isso. Estamos vendo diversos extravasamentos de esgotos ocorrendo no período de verão, e impossibilitando os turistas de usarem as praias capixabas. Faremos essa discussão, assim como fizemos no mandato passado por meio das frentes parlamentares”, acrescentou Gandini.

Para o deputado, é fundamental entender a realidade, saber o que está sendo feito para, assim, poder enfrentar os problemas. Além de Gandini, atuam na comissão: a vice-presidente Janete de Sá (PSB) e os membros Iriny Lopes (PT), Callegari (PL) e Lucas Polese (PL).

Gandini: “A comissão vai agir com o diálogo. Mas sabemos que o diálogo se esgota quando uma das partes não quer dialogar. O que não podemos é dialogar para sempre”. Crédito: Assessoria parlamentar.

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