O que uma árvore no meio de um prédio no Sul do ES ensina sobre urbanismo? IAB-ES explica
E se o concreto aprendesse a conviver com o verde? Um prédio, em Iriri, balneário de Anchieta, no Sul do Espírito Santo, chama a atenção pela presença de uma árvore atravessando seus andares. Plantada há mais de 50 anos na calçada, durante a construção do prédio, a árvore foi preservada, com o tronco passando entre duas varandas e com os galhos se estendendo até o último andar. Segundo a presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento do Espírito Santo (IAB-ES), Polyana Lima, esse é um tipo de solução essencial para garantir qualidade de vida em novas construções.

De acordo com os moradores do local, a estrutura do edifício foi projetada para não afetar a árvore, que é bem cuidada e tem sua raiz protegida para não comprometer a fundação do prédio. Inquilinos dos quatro apartamentos são orientados a zelar pela planta, mantendo a harmonia entre a natureza e a construção.
A presidente do IAB-ES explica que esse é um ótimo exemplo sobre o que um projeto de construção interligado com a natureza local pode oferecer. “Quando o projeto respeita e se integra à natureza local, há benefícios não só estéticos, mas também funcionais — como economia de energia e conforto térmico. Felizmente, hoje em dia já se reconhece o valor de manter árvores frutíferas no quintal, algo que antes não era valorizado. Esse olhar mais sensível transforma a forma como vivemos e ocupamos os espaços”.
Polyana reforça ainda que a valorização da natureza nos projetos urbanos tem ganhado cada vez mais espaço entre profissionais e moradores. Para a presidente do IAB-ES, essa mudança de visão aponta para um futuro mais consciente.
“Mais do que tendência, essa reconexão com o ambiente natural é uma necessidade. Projetos assim nos lembram que é possível construir com respeito, beleza e inteligência, deixando um legado positivo para as próximas gerações”, conclui a presidente do IAB-ES.
Brendha Zamprognio – LR Comunicação