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UM CORAÇÃO CHEIO DE LOUVOR E GRATIDÃO

Pr. Cleber Montes Moreira

“Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.”_ (Salmos 100:4 — Leia em sua Bíblia os versículos de 1 a 5)

O Salmo 100 é um convite vibrante à adoração. Mais do que um simples hino, ele expressa um chamado ao louvor e à gratidão, um cântico processional que provavelmente era entoado pelo povo de Israel a caminho do templo. Ele preparava os corações para o culto ao Senhor, guiando os fiéis da celebração jubilosa ao reconhecimento profundo do caráter divino.

Os primeiros versos nos conduzem a uma adoração alegre: “Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto” (Sl 100:1-2). Este louvor não nasce do vazio ou da rotina, mas de um conhecimento verdadeiro: “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez, e somos o seu povo e ovelhas do seu pasto” (v. 3). A consciência de quem Deus é — Criador e Pastor — move o coração à adoração sincera e cheia de alegria.

O salmo também nos convida a entrar na presença de Deus com gratidão: “Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome” (v. 4). Aqui, a adoração já não é um chamado externo, mas uma resposta íntima e reverente ao caráter do Senhor. Ele é bom. Sua misericórdia não tem fim. Sua fidelidade se estende de geração em geração. Reconhecer isso é o fundamento da verdadeira gratidão.

Hoje, ainda somos convidados a esse mesmo espírito de adoração, não mais através de rituais do Antigo Testamento, mas de uma adoração em espírito e em verdade, como ensinou Jesus (João 4:24). O templo não é mais um lugar físico, mas o coração regenerado pelo Espírito. Deus é adorado na vida que O conhece, na boca que O louva e nas mãos que O servem. É um culto permanente, que transborda em alegria e se manifesta em ações concretas.

Entretanto, muitos se aproximam de Deus apenas para pedir, e não para oferecer. Buscam a bênção, não o Deus da bênção. Querem soluções, não relacionamento. Como os israelitas no deserto, murmuram diante de cada dificuldade. Reclamam por não ter mais, por não serem promovidos, por não terem os confortos desejados. Mas quem vive assim, ainda não aprendeu a adorar — pois a adoração brota de um coração regenerado e grato, não de um coração insatisfeito.

A verdadeira gratidão vai além das palavras. Ela é atitude. Um coração grato reconhece as muitas bênçãos de cada dia e responde com louvor. Li certa vez sobre uma pessoa que, para cultivar a gratidão, começou a escrever diariamente num diário de gratidão. Aos poucos, aquela pessoa, antes resmungona, foi transformada pela prática do reconhecimento diário das bênçãos. Outra pessoa criou uma árvore da gratidão, na qual colava folhas com motivos pelos quais se sentia grata. A cada dia, novas folhas eram adicionadas, e a árvore se tornava cada vez mais cheia e bonita — como deve ser o coração do cristão. Contar as bênçãos diariamente é um exercício de fé e humildade diante do Deus bondoso.

Quando nossa memória falha ou o coração se fecha diante das lutas, o salmista gentilmente nos lembra de três verdades imutáveis: “Porque o Senhor é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração” (v. 5). Deus é bom, sua misericórdia não tem fim, e sua fidelidade é constante. Mesmo nos dias difíceis, essas verdades permanecem.

Jesus ensinou sobre a gratidão quando curou dez leprosos e apenas um voltou para agradecer (Lucas 17:11–19). Este único, além de curado, foi elogiado por sua atitude. A gratidão o levou de volta a Cristo — e é isso que a gratidão faz conosco: nos aproxima do Senhor, enquanto a murmuração nos distancia.

A vida cristã é uma peregrinação, como a dos judeus no deserto — estamos a caminho do lugar eterno onde a adoração jamais cessará. E a pergunta que devemos nos fazer é: Qual tem sido o cântico da nossa jornada? É de alegria ou de queixas? De adoração ou de reclamações? Quando nos apresentamos diante de Deus, fazemos isso com gratidão ou com murmúrio?

Essas respostas revelam não apenas o conteúdo do nosso coração, mas a profundidade da nossa comunhão com o Senhor.

Oração:


Senhor, ensina-nos a cultivar um coração verdadeiramente grato. Que a nossa adoração seja constante, sincera e cheia de alegria. Que reconheçamos tua bondade, tua misericórdia e tua fidelidade em cada detalhe da nossa vida. Livra-nos da murmuração, e faz de nós adoradores em espírito e em verdade. Em nome de Jesus, amém.

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