Venda Nova do Imigrante é destaque em projeto de qualificação do turismo.

A rota no Espírito Santo envolve 35 propriedades agrícolas familiares, hotéis e restaurantes.

 

A rota de Agroturismo em Venda Nova do Imigrante foi validado pelo Ministério do Turismo e pela Universidade Federal Fluminense (UFF) no projeto Experiências do Brasil Rural, desenvolvida em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que capacita empreendedores para o desenvolvimento do turismo no campo. A rota no Espírito Santo envolve 35 propriedades agrícolas familiares, hotéis e restaurantes, em que o turista pode provar diversas especiarias e, de quebra, conhecer o processo de fabricação.

 

No cardápio, delícias como queijos e derivados do leite, embutidos, cafés especiais, cervejas artesanais, cachaças, vinhos, massas, biscoitos, doces e a famosa polenta – ícone do município, feita com milho específico –, todas apresentadas pelos proprietários durante as visitas.

A secretária de Estado de Turismo, Lenise Loureiro, destaca a riqueza desta cidade e a importância de ter este município capixaba neste programa nacional. “O Turismo de Experiências é um diferencial da região das Montanhas, especialmente em Venda Nova do Imigrante e esta capacitação colabora no aperfeiçoamento na recepção dos turistas e estimula novos produtores rurais a buscarem participar desta rota”, afirma a secretária enfatizando a importância econômica da atividade turística para os agricultores familiares. 

Os atrativos da rota incluem outras vivências típicas do campo, a exemplo de um sítio que possibilita ao visitante acompanhar a ordenha e toda a produção de laticínios. Também é possível conhecer a produção de socol (embutido de carne suína) e participar da fabricação caseira de massas, bem como praticar o “colha e pague” de morango e passear por parreirais cuja a produção é matéria-prima para elaboração de sucos e vinhos. Na região, são destaques também a colheita de lavanda e de orquídeas, atividades muito procuradas por turistas.

Para Ana Venturim, da Família Venturim, o projeto despertou a autoestima e valorizou o que para eles era algo simples. “Demos mais um passo na direção de acreditar que podemos ganhar dinheiro com nossa história familiar. Isso é motivo de orgulho para todos que compõem essa rota. Oferecemos ao turismo o que sempre fazemos em casa. Isso preenche nossa alma de entusiasmo, alegria e saudade”, pontua.

A secretária Municipal de Turismo, Cultura e Artesanato, Carla Caliman, observa que as capacitações do Experiências do Brasil Rural ajudam a preparar o roteiro para a tendência de incremento do turismo no campo no período pós-pandemia. “Considerando esse momento da pandemia, delicado para o turismo, a gente precisa agora se atualizar para compreender as mudanças no fluxo turístico, o que os turistas têm buscado. Então, realmente é muito importante ter esse momento das capacitações, para a gente pensar as próximas metas para o nosso roteiro como um todo”, aponta.

FESTAS – Celebrações alusivas à colonização italiana também figuram entre as opções. Em outubro, ocorre a Festa da Polenta, realizada há 43 anos e que homenageia o alimento-base dos primeiros imigrantes. O ponto alto do evento, organizado por voluntários e com perfil filantrópico, é o “tombo da polenta”, quando 1.200 quilos da comida são despejados de uma panela gigante. Já no mês de julho, acontece a Serenata Italiana, quando moradores saem às ruas cantarolando canções típicas, com direito a uma “polenta-móvel” e a um fogão à lenha sobre rodas, que servem iguarias típicas regadas a muito vinho.

 

HISTÓRICO – Os primeiros negócios do roteiro iniciaram atividades no final da década de 1980, tendo como principais características a ruralidade, as tradições familiares e a gastronomia. No início dos anos 90, empreendedores conheceram na Itália o modelo de “Agroturismo” e adotaram o formato de Agroturismo no Brasil, conceito este utilizado em destinos capixabas e de outros estados. A iniciativa rendeu a Venda Nova o título de Capital Nacional do Agroturismo, conferido no ano de 2005 pela Associação Brasileira de Turismo Rural (Abratur).

 

PROJETO – Além do Agroturismo do Espírito Santo, integram o Experiências do Brasil Rural os roteiros Terra Mãe do Brasil, seus caminhos, segredos e sabores, da Bahia; a Rota Amazônia Atlântica, do Pará; a Rota do Queijo Terroir Vertentes e a Rota Gourmet das Terras Altas da Mantiqueira, em Minas Gerais; o Caminhos do Campo, em Santa Catarina; e a Ferradura dos Vinhedos e o Roteiro Farroupilha Colonial, no Rio Grande do Sul.

Anteriormente às visitas, os empreendedores passaram por um processo de análise de seus atrativos e participaram de capacitações sobre as cadeias produtivas de interesse do projeto: queijos, vinhos, cervejas e frutos da Amazônia.

Com informações do Ministério do Turismo.

Assessoria de Imprensa da Setur
Simone Diniz

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